sexta-feira, dezembro 13, 2024
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Tecnologias e Saúde: Inovações abrem caminho para imunoterapias mais eficazes contra o câncer

Novas tecnologias da chamada “ômica espacial” podem ajudar a elucidar o mecanismo de ação de novos medicamentos já nas primeiras fases do ensaio clínico, o que deve contribuir para o desenvolvimento de imunoterapias mais eficazes contra o câncer. A avaliação foi feita por Thomas Marron, diretor de Ensaios Clínicos de Fase Inicial e Imunoterapia no Tisch Cancer Institute da Escola de Medicina Icahn (Estados Unidos), durante sua participação no evento AACR on Campus Brazil, realizado entre segunda (19) e sexta-feira (23) da semana passada nas cidades de São Paulo e Ribeirão Preto.

A ômica espacial combina técnicas avançadas de imagem com sequenciamento de DNA, para mapear processos biológicos em nível molecular. Desse modo, permite a visualização da arquitetura celular e de eventos biológicos anteriormente não observáveis.

Segundo Marron, as tecnologias de ômica espacial têm importância fundamental na compreensão do transcriptoma (conjunto de RNAs transcritos pelos genes) e do proteoma (conjunto de proteínas expressas), bem como da interface entre células do sistema imunológico, células tumorais e células do estroma [tecido conjuntivo que nutre e dá sustentação a um órgão, uma glândula ou a estruturas patológicas como um tumor].

De acordo com ele, isso viabilizará a criação de uma espécie de atlas que ajudará a definir intervenções em ensaios clínicos interativos, nos quais se faz testes com poucos pacientes e “imediatamente depois, com base no que se aprende, é possível definir o próximo passo”.

O cientista acredita que esse tipo de colaboração seja fundamental para que se entenda o funcionamento do sistema imune humano com mais precisão e, assim, seja possível desenvolver imunoterapias mais eficientes. Para exemplificar, Marron relatou uma série de testes realizados com essa abordagem, que é conhecida como off-label. O termo, que, em português, significa “fora da indicação”, se refere à prescrição de um medicamento para usos diferentes dos descritos na bula, ou seja, ainda não aprovado por agências reguladoras.

Fonte: Governo de São Paulo

Foto: Freepik

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